Terça-feira, 23 de Abril de 2024
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Carlos Teixeira: O “filho” do CENFIM que criou um projeto inovador de sucesso em Azeméis

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Com 16 anos, Carlos Teixeira entrou numa das primeiras turmas do CENFIM (Centro de Formação Profissional da Indústria e Metalomecânica). Escolheu tirar o curso de fresador mecânico. Tem orgulho de ser um dos “filhos” do CENFIM, e considera que nem todos podem seguir cursos superiores. Ele é o exemplo vivo de que os jovens que não podem, por diferentes razões, seguir um curso superior, não ficam impedidos de se tornarem empresários bem sucedidos. Tenho um carinho muito especial para o CENFIM, é fundamental esta formação nos jovens porque precisamos de jovens com alguma formação técnica. Não podem ser todos doutores… Podem ser engenheiros, mas convém ter uma vocação técnica. E o nosso setor necessita de pessoal à porta, para poder preencher vagas de eventuais crescimentos. Uma das falhas do crescimento é não termos pessoas especializadas”, diz em entrevista ao Azeméis.Net.

Aos 18 anos, fruto do seu esforço e aproveitamento no CENFIM, conseguiu trabalho na Moldopástico e por lá ficou durante “cinco ou seis anos”. A sua relação com os moldes vem dessa altura, e ficou marcado na sua formação o facto de ter estagiado naquela que chama “a empresa-mãe” da área, no concelho de Oliveira de Azeméis. Depois seguiu para uma empresa espanhola, líder europeia em pontes rolantes, a IEGH (Indústrias Eletromecânicas GH). “Há muita gente que me conhece pelas pontes rolantes”, conta.

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Em 1997 inicia o seu percurso empresarial, numa sociedade que mantém até aos dias de hoje. É uma empresa de construção e arquitetura que “ainda hoje funciona bem”. Esta sociedade tem funcionado em paralelo à sua atividade profissional. A CHETO nasce em 2009, num pequeno escritório em São João da Madeira, mudando-se depôs para S. Tiago de Riba-Ul. Em 2012 o crescimento é acentuado, e Carlos Teixeira toma a decisão de sair em definitivo da IEGH, para se dedicar aos seus projetos. Há três anos, a CHETO ganhou uma dimensão notável quando se mudou para a área empresarial de Ul-Loureiro. Ficou claro e demonstrado que Carlos Teixeira criou um projeto inovador de sucesso em Azeméis, que continuará a crescer nos próximos anos.

“Na realidade, nunca aspirei assim a uma coisa extraordinária, nem nunca imaginei fazer o que fiz, ou seja, da maneira que foi acontecendo. Mas também sou uma pessoa otimista, e acredito que é sempre possível fazer melhor. Eu vejo o copo sempre meio cheio, nunca o vejo meio vazio, e quem me conhece bem sabe que sou uma pessoa dedicada, estou sempre bem-disposto, e isso faz a diferença”, assume.

Apesar da CHETO ser uma empresa em franca expansão, Carlos Teixeira revela que esta pode não ser a sua atividade para a vida: “Para a vida, não sei. Para já as perspetivas são boas. A médio prazo vai haver muitas surpresas positivas (…) Poderei no futuro criar uma empresa noutro setor. (…) Gosto da construção”.

A médio prazo, também tem o objetivo de concluir o seu curso em Engenharia Civil no ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto. Faltam-lhe três cadeiras semestrais. Iniciou o curso quando ainda estava a estagiar na Moldoplástico, mas ao final de três meses percebeu que aquela não seria a sua vida, por falta de condições económicas. “Decidi estudar de dia [n.r: no ICEP], e essa decisão mudou a minha vida. Fui estudar de dia, mas passados três meses comecei a perceber que a escola não me dava tudo. Queria terminar o curso, mas também faltava a componente financeira para continuar. Não cheguei a acabar o curso. Faltam-me três cadeiras semestrais, mas sinceramente ainda vou lá terminar. Amigos do curso e professores têm chateado para ir lá terminar o curso, mas não tem sido fácil. Mas não me faz diferença, porque já tirei outras formações, já fiz um MBA Executivo”, conta.

Carlos Teixeira é também um adepto do fenómeno desportivo. A sua modalidade favorita é o futebol, sendo também um apaixonado pelo ténis (é sócio há muitos do Clube Ténis de Azeméis), e há pouco tempo teve o objetivo de tirar um curso de diretor-desportivo, promovido pela Federação Portuguesa de Futebol. Admite que gostava de fazer parte, no futuro, de uma direção desportiva com valor acrescentado. “Fiz uma pequena formação para perceber o meio”, revela.

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